25 - A NOITE
Medo?!...
Sim, tenho medo.
De dia, tudo vai bem, mas quando a noite chega...
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25 - A NOITE
***
Tu és negra, soturna,
Silenciosa;
Tenho medo de ti.
Tu me causas horrores,
Arrepios,
Assim, quieta, a me vigiar,
Com essa boca escancarada,
E seus dentes de fogo.
Silenciosa;
Tenho medo de ti.
Tu me causas horrores,
Arrepios,
Assim, quieta, a me vigiar,
Com essa boca escancarada,
E seus dentes de fogo.
***
Porém,
Não és tão forte assim.
Conheço alguém,
Maior que o teu silêncio,
Mais forte que o teu negro olhar.
Existe alguém,
Que me conforta,
Que me aquece,
Que me abraça,
Que me torna forte;
Que é seguro de si,
E me faz segura de mim.
Quando estou com esse alguém,
Não tenho medo de ti,
Nem do teu negro olhar.
Não és tão forte assim.
Conheço alguém,
Maior que o teu silêncio,
Mais forte que o teu negro olhar.
Existe alguém,
Que me conforta,
Que me aquece,
Que me abraça,
Que me torna forte;
Que é seguro de si,
E me faz segura de mim.
Quando estou com esse alguém,
Não tenho medo de ti,
Nem do teu negro olhar.
***
Mas agora,
Esse alguém não está aqui.
E, sozinha,
Eu tenho medo de ti.
Por isso,
Fecho a janela,
Para não te ver,
Noite sombria!
Esse alguém não está aqui.
E, sozinha,
Eu tenho medo de ti.
Por isso,
Fecho a janela,
Para não te ver,
Noite sombria!
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(Esta foi escrita em Três Marias. Morávamos em um local meio deserto e eu morria de medo de ficar sozinha à noite)
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